quarta-feira, 21 de abril de 2010

Será que estamos desacreditando ?

Queridos,

Lendo uma crônica essa semana da Martha Medeiros entitulada "Homens e Cães" foi como sentir um leve tapa de veludo na face... Nessa crônica ,ela disserta e compartilha mensagens encontradas em livros sobre cães, enfatizando que a principal utilidade deles é a de poder despertar o amor sem interesse.. aquele amor puro e sincero... E isso me chamou atenção para a necessidade que as pessoas vem demonstrando em poder experimentar o chamado amor incondicional !

Recentemente li também uma matéria a respeito do crescimento na quantidade de gays interessados em adotar crianças, e um dos entrevistados destaca exatamente que o maior impulso dele para adoção seria poder viver esse amor incondicional..

Para mim particularmente filhos teriam um simbolismo mais ligado ao fato de constituir a minha própria família e vivenciar minha continuidade através dele(s).. compartilhando meus valores, sentimentos, experiência de vida..

Porém a última frase do texto da Martha fez tudo sacudir aqui.. ela destaca que o amor aos cães costuma ser acompanhado por uma certa perda de confiança no homem !!
E fato é que após uma experiência frustrada de uma parceria mais sólida e um período deprex adotei uma filhota canina linda que tem me feito muito feliz !

E ai ponho para nossa reflexâo.. será que estamos buscando esses caminhos alternativos porque realmente estamos desacreditando nessa experiência a 2 ?
Se for precisamos urgentemente de um "sacode" ... porque se existe descrédito temos algum papel nessa história... e porque será que precisamos que seja sempre incondicional ? Isso é uma visão realista ? Claro que não...

Somos seres humanos com sentimentos e imperfeições.. não fomos criados para termos nem sermos "donos" e sim parceiros(as), companheiros(as) de vida.. Não é da essência humana viver em solidão !

Por isso aproveitem esse feriado de sol para pensar um pouco a respeito... e deixo Vinicus de Moraes como pano de fundo ajudando a colorir suas idéias !

Bjo meu a todos

Soneto da Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes e com tal zelo, e sempre e tanto
que mesmo em face do maior encanto
dele se encante mais meu pensamento.

Quero vive-lo em cada vão momento
e em seu louvor hei de espalhar meu canto
e rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou ao seu contentamento.

E assim quando mais tarde me procure
quem sabe a morte, angustia de quem vive
quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Um comentário:

  1. Ameiiiiiiiiiiiiiiiiii esse post! mas a filha canina sempre é uma excelente companhia, né?
    mas acho também que precisamos parar de idealizar um pouco e vivermos com mais realidade nas nossas relações.
    te amo!

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